segunda-feira, 26 de maio de 2008

Vida de Formiga

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Grandioso mundo em que vivo
Onde tenho medo de respirar
Pobre formiga que sou
Nasci e cresci feliz
Pensando que este mundo era lindo
Agora que cresci abri os olhos e reparei
Que vivo num mundo onde os cães reinam
Riem-se do meu árduo trabalho durante o verão
Pois faço aprovisionamento para o Inverno
Obrigam-me a pagar metade daquilo que obtenho
Por uma coisa que não me pertence
Como se isso não bastasse
Se não consigo pagar não me deixam entrar em casa e levam-me tudo
Mas que vida madrasta onde tudo tem preço
Porque não poderia ser como antes em que tudo era divertido?
Sinto falta de ser formiguinha
Estou cansada de tanto trabalhar
Pois enquanto eu trabalho a cigarra ri-se lá de cima
Aproveita a vida enquanto eu preparo o meu árduo Inverno
Mas depois no Inverno, vêm os gatos e levam-lhes os bens
Ainda não percebi o porquê
Talvez porque se vão mudar?
Mas eles vão para uma casa feia e ficam sem as suas regalias
Depois de estas coisas acontecerem, os preços das coisas sobem sempre
Se não bastasse dar metade do que ganhamos, agora temos que dar ainda mais
Ai pobre vida! pelo menos nos formigas somos honestas
Pobre nascemos e o pobre ajudamos!
Morremos cedo e pouco deixamos!
Apesar de tanto trabalho e de tanta dedicação a este mundo infeliz
Temos direito a um mísero fim
Onde nem um adeus ou elogio nos dão pois somos uma simples formiga
Ao contrário dos cães que ao morrerem passam a semana inteira na televisão
Enfim estou vivo e não me queixo
Tenho uma oportunidade de viver e assim o farei
No fim Deus estará à minha espera e dar-me-á 1 cantinho
Onde eu me possa rir dos cães a coçarem-se das suas pulgas
Pois jamais serás cão sem seres atormentado à noite
Existe a consciência e nessa todos somos iguais

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